Até as crianças
Comunicação: o
elo que viabiliza a interação humana no meio social
O ser humano, por natureza, é
intuitivo. Paul Bloom e Deena Weisberg, do Departamento de Psicologia da
Universidade de Yale, afirmam que o cérebro das crianças está longe de ser um
livro em branco. Segundo eles, bebês de um ano possuem noções claras sobre o
mundo físico e o universo das relações sociais.
Curiosamente, essa intuição é
a base dos sistemas operacionais usados no tempo atual. Os chamados sistemas
intuitivos, em que o leitor não precisa necessariamente ler o manual de
instruções ou assistir a uma vídeo-aula sobre o funcionamento. À semelhança de
um bebê, você vai descobrindo. No abrir, no fechar, no arrastar, no puxar, e
sem se dar conta, em pouco tempo você já aprendeu a ser digital.
Bem, agora você já sabe o
porquê de tantos crianças já saberem mexer em um Ipad ou outro eletrônico. Eles
nasceram nesse contexto, isto é, aprendendo a escrita e digitando, ao mesmo
tempo, o ABC.
Como vimos até aqui, as mídias
e os meios digitais vêm favorecendo e influenciando, sem precedentes, as
relações de interação social entres as pessoas em todo o mundo por meio da internet,
portáteis, entre outros. Em inúmeras plataformas, foi possível construir,
facilitar e compartilhar ideias e conceitos que antes não poderiam ser
transmitidos e disseminados tão facilmente. Isso significa que as fronteiras no
mundo da comunicação estão cada vez mais sendo rompidas.
As vendas de e-books e livros
digitais cresceram tanto nesses últimos anos, que alguns analistas e estudiosos
já preveem o fim do livro tradicional impresso em pouco tempo. A Amazon.com é prova
desse sucesso digital. Ela está abrindo novas portas e introduzindo suas
próprias séries na televisão e internet com esse lucro. Sem contar que logo
mais, o soberano da informação, Google, confirmou que lançará no próximo ano,
sua própria operadora de telemóveis.
Entretanto, André Palmini, médico
neurologista, professor de Neurologia na Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUCRS), diz que um livro físico exige muito mais sinapses no
nosso cérebro do que a internet, por exemplo. Fatores como a luz, o ambiente, e
informações já pré-definidas tendem a deixar o nosso cérebro “preguiçoso”. Para
Palmini, o principal desafio é saber se a internet ou as tecnologias são boas
ou ruins para o cérebro, mas achar uma forma sadia de utilizá-las, como por
exemplo procurar algo virtual sem se render as distrações como um jogo ou mesmo
ao vício das redes sociais.
O fato é que, através de portáteis, tanto dispositivos IOS ou Android, cada vez mais acessíveis à população, essa realidade se materializa em um passo a menos de ter o informação na palma da nossa mão, literalmente. Se isso é positivo ou negativo, isso só será possível saber daqui a alguns anos, observando as futuras gerações.
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