quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cristianismo e artes marciais


 Josh Hedges/Zuffa LLC / Getty Images



Enquanto alguns não veem qualquer contradição entre os princípios do cristianismo e a prática de artes marciais, outros questionam essa ideia. O que você pensa sobre essa questão?

Socos, pontapés e sangue... muito sangue! Essa é a rotina de Vitor Belfort, famoso lutador de MMA. Apesar de sua cara de mau, ele garante que tem um bom relacionamento com Deus e faz questão de exibir o nome “Jesus” estampado em seu calção de luta. No último sábado (18), por exemplo, após nocautear o rival Luke Rockhold com um forte chute, Belfort alegou que o Espírito Santo o havia motivado a treinar esse golpe. Por causa dessa atitude incomum de agradecer a Deus depois de espancar o adversário, um interessante debate veio à tona: É possível conciliar artes marciais e cristianismo? Para que você reflita nessa questão, separamos três posições.

Sim
Muitos religiosos consideram possível desvincular as artes marciais de sua filosofia mística e praticá-las apenas como esporte. Para eles, o cristão pode praticar qualquer tipo de luta desde que a intenção seja boa. A Igreja Renascer, por exemplo, optou pelo MMA como instrumento para arrebanhar novos fiéis. Para o bispo George Ramos, um dos idealizadores do projeto, é melhor ver um jovem perder o sangue no octógono do que vê-lo perdendo a vida para as drogas e para o crime.

Não
Entre os que protestam contra a prática de artes marciais encontra-se o pastor Ciro Zibordi, da Igreja Assembleia de Deus. Ele explica que o grande problema não é a violência, mas o fato de as artes marciais estarem relacionadas a práticas ocultistas orientais. Para ele, qualquer cristão que se aventura em esportes como o MMA acaba se envolvendo em filosofias ocultas.

Depende
Os adventistas do sétimo dia não se opõem às atividades físicas que ajudam no desenvolvimento de autodisciplina e de habilidades na área de segurança e autodefesa, aumentando a capacidade do indivíduo de proteger-se e ajudar os outros em situações diárias e emergenciais. No entanto, deve ser evitada a prática de qualquer arte marcial que enfatize a agressividade, a rivalidade egoísta e que não coopere para o desenvolvimento físico, mental e espiritual do ser humano.


Fontes: Declarações da Igreja (CPB, 2003); sites (<http://adventist.org/beliefs/statements/main-stat29.html>; <http://novotempo.com/novachance/2012/07/17/violencia/>; <http://novotempo.com/namiradaverdade/2012/07/17/>; <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/07/igreja-evangelica-recorre-lutas-de-mma-para-arrebanhar-novos-fieis.html>); blog (<http://cirozibordi.blogspot.com.br/2012/07/aos-cristaos-que-gostam-de-mma-com-amor.html>).



Texto: Alex Adriano Machado

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