A senadora Marta Suplicy (PT-SP) é
uma figura conhecida no Brasil principalmente em razão de seu pensamento voltado
para as relações homoafetivas. Ela propõe, junto à comissão especial de
diversidade sexual da ordem dos advogados do Brasil – OAB, uma emenda constitucional
na qual a família tradicional deve ser encerrada.
O pensamento da senadora implica
na retirada dos termos “pai” e “mãe” dos documentos nos registros de nascimento
e em todos os demais documentos indentificatórios, tais como carteira de
identidade, título de eleitor, passaporte, carteira de habilitação, não haverá
menção às expressões “pai” e “mãe”, que devem ser substituídas por “filiação.” Além
disso, é proposto que “os profissionais da educação têm o dever de abordar as
questões de gênero e sexualidade sob a ótica da diversidade sexual visando toda
forma de discriminação, fazendo uso do material didático e metodologias que
proponham a eliminação da homofobia e do preconceito. Contos infantis que
apresentem casais heterossexuais devem ser banidos se também não apresentarem
duplas homossexuais travestidas de casais.
De fato, vivemos em um país de
liberdade de pensamento. O preconceito e a discriminação são elementos que jamais
deveriam fazer parte do dia a dia da sociedade. Sem dúvida, a conquista dessa
liberdade custou alto preço para o Brasil. Basta lembrar os tempos da ditadura
militar. Alguém definiu esse período histórico como o período de trevas no
Brasil. Entretanto, parece que propostas de mudanças no estilo de vida social
consideram apenas critérios e gostos particularizados, ou seja, a
individualidade se sobrepondo à coletividade.
A sociedade pós-moderna tem sido
marcada pelo desejo de inovações ou mudanças. O mundo muda a cada instante e,
obviamente, quem não acompanha as mudanças acabará sendo objeto da história. Entretanto,
se torna necessário uma reflexão mais profunda e desapaixonada a fim de que, em
nome do novo, não estejamos sepultando ideais que contribuíram para um Brasil mais
democrático e uma sociedade mais avançada.
As implicações de projetos que
objetivam mobilizar a sociedade não podem ter em vista apenas o “aqui” e o
“agora”. Até porque, eles farão parte da história e, no futuro, serão objeto de
estudos para as próximas gerações.
A impressão que fica é que o
respeito tão prontamente reivindicado para opiniões e critérios pessoais de um
lado, parece ser incompatível com a liberdade de pensamento ainda que contrário,
muitas vezes, preconceituosamente chamado de “tradicional”.
Nerivan
Silva (1° semestre Jornalismo)
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