domingo, 28 de abril de 2013

No atual cenário da política brasileira somos sujeitos ou objetos da história?


     Questão de iniciativa?

(Crédito: Nelson Nahim)
   O senso comum afirma que religião, esporte e política são assuntos que não são passíveis de discussão. De fato, eles causam muita polêmica. Quando se tem uma visão panorâmica da sociedade brasileira, percebe-se que algumas situações têm levantado muitas discussões e debates em torno de questões que fazem parte do cotidiano dos brasileiros: homofobia, greve de universitários, questões de pedofilia que envolvem até mesmo religiosos, o tal do mensalão. É interessante perceber que todas essas questões se enquadram nos assuntos mencionados.
   2014 será o ano em que os brasileiros irão às urnas para elegerem o presidente da República. Algumas figuras políticas já despontam como prováveis candidatos: Dilma Rousseff, Marina Silva, Aécio Neves, Eduardo Campos e, possivelmente, outros. Por enquanto, o discurso da maioria deles é o de que não estão preocupados com isso. A presidente afirmou: “talvez a única pessoa que não tem interesse nenhum em discutir o processo eleitoral na metade do seu governo seja eu” (Folha de S. Paulo, 24/04/13 A4).
   O cotidiano brasileiro tem demonstrado que a classe política que governa o país não é das melhores, haja vista os problemas morais e éticos (formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta) envolvendo, de forma acentuada, muitos parlamentares. Diante deste cenário político a que o país assiste diariamente, algumas questões de caráter reflexivo emergem naturalmente: qual é a visão política da população brasileira? A classe política do Brasil reflete, de fato, a cultura e o senso crítico da nação que a elege? Se não, onde está o problema?
  Muitas vezes, em meio às discussões, se procura um bode expiatório para assumir toda a culpa e responsabilidade pelo que acontece. Isso também é fruto do senso comum. Quando se transfere a responsabilidade ou culpa para o outro, se torna mais fácil conviver com uma realidade que, embora indesejável, ninguém toma iniciativa para mudá-la. É o tal do “não me comprometa”, “eu não sei de nada”, “não é a minha praia”. Stephen Covey afirma: “Demostrar inciativa significa não permitir que circunstâncias ditem nossas vidas. Pelo contrário, é pegar o que recebemos e transformá-lo em oportunidades que nos permitam crescer, melhorar nossas vidas e ajudar os outros” (A Grandeza de Cada Dia, p. 63).
   Afinal, nesse contexto político brasileiro, o que somos? Sujeitos ou objetos da história? Se sujeitos, nos compete ser ativos e exercer senso crítico na escolha daqueles que nos “representarão”. Se objetos, não nos resta nada mais senão a passividade diante dos acontecimentos e circunstâncias.
   O que queremos?

Nerivan Silva (1º sem. jornalismo)

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