Muitos interpretam o ecumenismo como a chave para dirimir a
intolerância religiosa. Outros questionam a sua eficácia. E você, o que pensa?
Se o
objetivo era polemizar, ela conseguiu. Regina Casé, no programa Esquenta!, exibido pela TV Globo na última
quinzena de março, reuniu representantes dos mais variados segmentos
religiosos. Havia um padre, um rabino, uma percursionista batista, um pastor da
Igreja Sara Nossa Terra e diversos adeptos da Umbanda, do Candomblé e de outras
religiões de matriz afro. O programa suscitou diversos comentários nas redes
sociais e trouxe à tona um tema bastante discutido nos últimos meses: o ecumenismo
– termo que define o movimento de unificação das religiões, especialmente das
igrejas cristãs. Por ser um assunto polêmico, principalmente entre os
religiosos, separamos três posições.
Não
Em defesa
àquilo que acreditam ser a pura e verdadeira fé, as Testemunhas de Jeová rejeitam
qualquer envolvimento no ecumenismo. Para eles, é impossível juntar
crenças religiosas diferentes, pois, quando pessoas de diferentes religiões se
reúnem para orar pela paz, por exemplo, cada um busca o deus (ou deuses) no
qual acredita. Eles explicam que a paz mundial não pode ser obtida pelo ajuntamento
de todas as formas de fé, mas pela aceitação pública da mesma fé verdadeira.
Sim
No site do World Council of Churches (Concílio
Mundial de Igrejas) é possível visualizar inúmeras igrejas que se tornaram membros
desse órgão ecumênico mundial, como a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, a
Igreja Metodista, a Igreja Presbiteriana Independente, entre outras. A Igreja
Católica também tem tomado diversas iniciativas para unir as comunidades
eclesiais cristãs. Para o Papa Francisco, o discurso ecumênico é essencial em
um mundo de divisões e rivalidades.
Depende
A
Igreja Adventista do 7o Dia entende que alguns dos frutos do movimento
ecumênico são aceitáveis, tais como: a promoção do diálogo inter-religioso e da
liberdade religiosa, a remoção de preconceitos, entre outros. No entanto, eles rejeitam
qualquer tentativa ecumênica que possa resultar na relativização da fé, na perda
de sua identidade e no desvio de sua missão.
Fontes: Revista A Sentinela (1/6/2010); Declarações da Igreja (CPB, 2003); sites
das Testemunhas de Jeová (<wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2010410?q=ecumenismo&p=par>); do Concílio Mundial
de Igrejas (<oikoumene.org>); da Igreja Luterana (<luteranos.com.br/conteudo.php?idConteudo=19165>); do G1 (<g1.globo.com/mundo/novo-papa-francisco/noticia/2013/03/papa-francisco-promete-seguir-dialogando-com-outras-religioes.html>); e da Acta Científica (<unasp-ec.com/revistas/index.php/actacientifica/article/view/1
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