domingo, 19 de maio de 2013

A moda do discurso ecumênico






Muitos interpretam o ecumenismo como a chave para dirimir a intolerância religiosa. Outros questionam a sua eficácia. E você, o que pensa?


Se o objetivo era polemizar, ela conseguiu. Regina Casé, no programa Esquenta!, exibido pela TV Globo na última quinzena de março, reuniu representantes dos mais variados segmentos religiosos. Havia um padre, um rabino, uma percursionista batista, um pastor da Igreja Sara Nossa Terra e diversos adeptos da Umbanda, do Candomblé e de outras religiões de matriz afro. O programa suscitou diversos comentários nas redes sociais e trouxe à tona um tema bastante discutido nos últimos meses: o ecumenismo – termo que define o movimento de unificação das religiões, especialmente das igrejas cristãs. Por ser um assunto polêmico, principalmente entre os religiosos, separamos três posições.

Não
Em defesa àquilo que acreditam ser a pura e verdadeira fé, as Testemunhas de Jeová rejeitam qualquer envolvimento no ecumenismo. Para eles, é impossível juntar crenças religiosas diferentes, pois, quando pessoas de diferentes religiões se reúnem para orar pela paz, por exemplo, cada um busca o deus (ou deuses) no qual acredita. Eles explicam que a paz mundial não pode ser obtida pelo ajuntamento de todas as formas de fé, mas pela aceitação pública da mesma fé verdadeira.

Sim
No site do World Council of Churches (Concílio Mundial de Igrejas) é possível visualizar inúmeras igrejas que se tornaram membros desse órgão ecumênico mundial, como a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, a Igreja Metodista, a Igreja Presbiteriana Independente, entre outras. A Igreja Católica também tem tomado diversas iniciativas para unir as comunidades eclesiais cristãs. Para o Papa Francisco, o discurso ecumênico é essencial em um mundo de divisões e rivalidades.

Depende
A Igreja Adventista do 7o Dia entende que alguns dos frutos do movimento ecumênico são aceitáveis, tais como: a promoção do diálogo inter-religioso e da liberdade religiosa, a remoção de preconceitos, entre outros. No entanto, eles rejeitam qualquer tentativa ecumênica que possa resultar na relativização da fé, na perda de sua identidade e no desvio de sua missão.

Fontes: Revista A Sentinela (1/6/2010); Declarações da Igreja (CPB, 2003); sites das Testemunhas de Jeová (<wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2010410?q=ecumenismo&p=par>); do Concílio Mundial de Igrejas (<oikoumene.org>); da Igreja Luterana (<luteranos.com.br/conteudo.php?idConteudo=19165>); do G1 (<g1.globo.com/mundo/novo-papa-francisco/noticia/2013/03/papa-francisco-promete-seguir-dialogando-com-outras-religioes.html>); e da Acta Científica (<unasp-ec.com/revistas/index.php/actacientifica/article/view/1


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