No Brasil, princípios morais como a honestidade e
outros parecem ser coisa do passado
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Ronildo Rodrigues deixa prisão em São Paulo (folhapress) |
Em nível mundial, o Brasil já se tornou
provérbio no que se refere aos escândalos. Isto tem ocorrido no campo
religioso, social e, principalmente, político.
Nos últimos dias, a população brasileira
acompanhou o escândalo dos auditores e fiscais da prefeitura de São Paulo.
Segundo o Ministério Público, os auditores Carlos Augusto di Lallo Leite do
Amaral e Luis Alexandre Cardoso Magalhães deixaram de recolher o Imposto Sobre
Serviços (ISS) de 107 grandes empreendimentos imobiliários fiscalizados nos
últimos três anos. Os fiscais são acusados, com Eduardo Horle Barcellos e
Ronilson Bezerra Rodrigues, de comandar quadrilha responsável por desfalcar os
cofres municipais em até R$ 500 milhões.
No contexto dos escândalos no Brasil, este
é apenas mais um de uma série que parece infindável. Em que reside o problema
da desonestidade em indivíduos com formação acadêmica e preparo para as funções
que exercem? Quando se fala de caráter, alguém, de imediato, diz: “Isso é coisa
do passado. O que vale é a lei da sobrevivência”. Como resultado dessa
fundamentação teórica, os escândalos se multiplicam dia a dia. As pessoas
buscam justificar seus atos desonestos na chamada “Lei da Sobrevivência”.
Por outro lado, a população brasileira
acompanha diariamente a falta de punição dos culpados. Embora, aparentemente, a
punição está sendo aplicada, uma vez que os culpados foram presos, a legislação
com suas famosas “brechas” acaba beneficiando-os em muitos aspectos. Diante de
isto, prevalece, lamentavelmente, o deboche de que o Brasil é um gigante
“deitado eternamente em berço esplêndido”.
Enquanto isso,
a população continua sendo sacrificada com um péssimo sistema de saúde e uma
rede educacional fracassada. Até quando?
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