sábado, 16 de novembro de 2013

INVASÃO ESTUDANTIL


Na construção de nova realidade histórica é bom lembrar que os fins não justificam os meios


 Bruno Santos / Terra

    Um fato que ocorre no Brasil com muita frequência é a invasão de terras, imóveis. Nos últimos dias, o país assistiu a invasão de estudantes na Reitoria da Universidade de São Paulo (USP). Os estudantes alegam seus motivos e razões para tanto. Dizem que buscam melhorias pra a ida estudantil no país.
    Assim procedem, em nome da cultura e do conhecimento. Entretanto, o que resulta de tudo isto é quebra-quebra, danificação do patrimônio público, sem falar no prejuízo advindo da interrupção do período letivo.
    Diante disto, uma questão relevante entra em discussão: posturas de violência e vandalismo seriam meios adequados para reivindicar direitos e melhorias no sistema educacional brasileiro? Ou, a boa formação acadêmica justifica enormes prejuízos aos próprios alunos?
    Tais questões nos levam a refletir sobre a maneira de atingir metas e objetivos propostos. No contexto histórico, ou somos objetos ou sujeitos da história. Se objetos, apenas nos conformamos com um destino supostamente “determinado”. E aí não há espaço para mudanças porque também não se faz nada. Se sujeitos, entra em jogo a não conformação com o status quo. Desta forma, ações serão postas em prática a fim de que um novo cenário tenha lugar na história.
    A vida estudantil, tendo em vista a formação de profissionais em diversas áreas, busca conquistar novos ideais para construir uma nova realidade histórica. A construção de um novo cenário na corrida da história é uma necessidade urgente, mas por canais legítimos resultado de conhecimento e inteligência. Do contrário, haverá sempre um regresso ainda que a intenção seja de progresso.

    Entre ser objeto e sujeito da história, não dúvida: é a segunda opção. Porém, de forma inteligente e racional.

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