Na construção de nova
realidade histórica é bom lembrar que os fins não justificam os meios
Bruno Santos / Terra |
Um fato que ocorre no Brasil com muita
frequência é a invasão de terras, imóveis. Nos últimos dias, o país assistiu a
invasão de estudantes na Reitoria da Universidade de São Paulo (USP). Os
estudantes alegam seus motivos e razões para tanto. Dizem que buscam melhorias
pra a ida estudantil no país.
Assim procedem, em nome da cultura e do
conhecimento. Entretanto, o que resulta de tudo isto é quebra-quebra,
danificação do patrimônio público, sem falar no prejuízo advindo da interrupção
do período letivo.
Diante disto, uma questão relevante entra
em discussão: posturas de violência e vandalismo seriam meios adequados para
reivindicar direitos e melhorias no sistema educacional brasileiro? Ou, a boa
formação acadêmica justifica enormes prejuízos aos próprios alunos?
Tais questões nos levam a refletir sobre a
maneira de atingir metas e objetivos propostos. No contexto histórico, ou somos
objetos ou sujeitos da história. Se objetos, apenas nos conformamos com um
destino supostamente “determinado”. E aí não há espaço para mudanças porque
também não se faz nada. Se sujeitos, entra em jogo a não conformação com o status quo. Desta forma, ações serão
postas em prática a fim de que um novo cenário tenha lugar na história.
A vida estudantil, tendo em vista a
formação de profissionais em diversas áreas, busca conquistar novos ideais para
construir uma nova realidade histórica. A construção de um novo cenário na
corrida da história é uma necessidade urgente, mas por canais legítimos
resultado de conhecimento e inteligência. Do contrário, haverá sempre um
regresso ainda que a intenção seja de progresso.
Entre ser objeto e sujeito da história, não
dúvida: é a segunda opção. Porém, de forma inteligente e racional.
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